“Me permiti ser eu inteira, do início a fim, nua e crua” | Depoimento Fabiana | Ensaio Nu Artístico BH

Por Mariana Beltrame
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ensaio casual feminino em bh

“Fazer este ensaio era um sonho antigo. Planejei, me preparei e esperei para fazê-lo num momento que acreditei certo.

Quando conheci o trabalho de Mariana senti segurança e confiança para realizá-lo. Foi como esperar por uma grande festa, quando a gente curte cada momento antes de realmente acontecer.

E neste processo de espera, foi preciso me libertar de amarras e preconceitos sociais completamente arraigados em mim e me permitir ser eu inteira, do início a fim, nua e crua.

Decidi ser ‘uma folha em branco’ para o trabalho de Mariana, pois queria me ver além do que eu mesmo via. E foi um momento muito gostoso e único pois me senti completamente à vontade, leve, livre e maravilhosa, rs.

Esta experiência foi um presente que me dei e que certamente marcou minha feminilidade.

Somos sempre lindas, somos sempre poderosas e podemos nos permitir muito além do que nos é cobrado ou imposto socialmente.

Quis eternizar minha juventude mas ganhei de presente um olhar amigo, livre de julgamentos e que quis me revelar o quão linda posso ser.”

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Luísa 30 de outubro de 2019 - 12:36

Conheci o trabalho da Mariana com a prerrogativa de me dar de presente algo diferente para comemorar os meus 30 anos de idade. A ideia era sim comemorar porque como muitas mulheres que procuram o trabalho dessa fotógrafa eu vinha (ainda venho e acho que sempre estamos, na verdade ) em um processo de transmutação em muitos sentidos e, acredito que ser fotografada pelas lentes dessa mulher incrível vai ao encontro dos anseios, dramas, sonhos, frustrações, superações e tantas coisas que acontecem ao longo da nossa jornada como mulher.

A minha experiência de ensaio pode ser legitimada pelos depoimentos que já se encontram na página: poder ser eu mesma, aceitar como eu sou, ser menos punitiva e crítica comigo, olhar para o meu corpo, minha imagem. Um processo de olhar pra mim, saber me perdoar, saber me permitir e, acima de tudo, amar a mim mesma e sim, o significado mais profundo de empoderamento feminino e, por que não, feminismo?

Poderia ficar aqui escrevendo sobre tudo isso, mas o que também me conectou à Mariana Beltrame foi a sua sensibilidade, a sua arte. As fotos falam por si, a forma como ela enxerga tantas mulheres através de suas lentes e como consegue mostrar beleza em nós mesmas de uma forma que jamais imaginaríamos.
O que me conectou de imediato foram as fotos ( que até poderíamos chamar, ao pé da letra, como a parte “vendável…”), mas o que me deu certeza sobre ter a experiência de um ensaio tão diferente eram os detalhes que nem sempre são vistos. Os detalhes me encantaram e me fizeram ainda mais fã dessa fotógrafa incrível.
Experienciar um ensaio fotográfico assim, além de nos fazer sentir lindas (mesmo com aquela crítica do “apesar de…”) é saber que existe uma mulher que vive os mesmos dramas que todas nós atrás das lentes de uma câmera fotográfica.. Que viu em sua arte não só uma forma de trabalho, mas o verdadeiro sentido de compartilhar (verbo tão na moda nos dias de hoje…). Que recebe cada mulher com um carinho e detalhes que vão desde uma plaquinha de “bem-vinda” com o seu nome em seguida, os detalhes às vezes chamados de pormenores (que pra mim são tão grandes, ricos e significativos): uma palavra amiga, uma brincadeira, “lanchinhos”, conversas e até mesmo uma oportunidade de, em meio a nossa correria, poder brindar quem nós somos e a nossa história. Poder sentir orgulho de nós mesmas.

As fotos de Mariana me encantaram e encantam muita gente, mas também me encantou quem é a moça por detrás da câmera e “como” ela faz essas fotos serem ainda mais lindas por meio da sua meiguice, pela busca insaciável de mostrar a mulher linda que ela fotografa dia após dia, mas também pelos textos postados juntamente às fotos cheios de autoria e opinião (algo que tem sido mais raro, ainda mais nas redes sociais e em um mundo em que acessamos o visual/ virtual de redes).
Ao ser fotografada em uma situação super nova pra mim, mas que eu curti cada momento, eu via uma Mariana insistente em buscar uma iluminação, uma pose, um gesto, um olhar. Via uma Mariana tentando ler quem eu era através de suas lentes. Uma artista incansável e que curte o processo artístico dessas fotos e vibra conosco a cada ideia ou cada toque de nos mesmas registradas por ela.

Acho que me senti conectada com Mariana através da sua arte. Penso que a arte de Mariana se conectou com a minha (é difícil também assumirmos que somos artistas, mas somos). Escolhi cantar, escolhi a música, o frio na barriga, a exposição e o julgamento de quem olha pra nós (como se nossa autocrítica já não fosse o suficiente…). Escolhi cantar porque sem cantar eu não pulso e tenho certeza que sem fotografar, Mariana também não.
Por fim, quero dizer que além de me sentir linda e ao mesmo tempo ser eu mesma, tive a experiência de ser vista por uma artista tão humana e tão sensível que torna não apenas poder vivenciar a arte fotografia, mas a arte do encontro, da delicadeza e da gentileza.

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